Raiva Furiosa ocorre um período prodrômico que dura cerca de dois dias. Nesse período, o animal apresenta-se inquieto, com discreta ou aparente mudança de hábitos. Não atende ao chamado do dono, esconde-se e apresenta hiporexia à anorexia. Após esse período o animal apresenta-se agressivo podendo atacar outros animais, o homem ou qualquer coisa que se movimente. Isso acontece, porque ocorre a infecção do sistema límbico que é responsável pelo comportamento. Além da agressividade, o animal começa a caçar moscas imaginárias (botes e mordidas no ar); apresentam latido bitonal ou uivam tristemente; apresentam hidrofobia e sialorréia, devido à paralisia do nervo faríngeorecorrente; podem apresentar “delírio ambulatório” ou caminham sem rumo sempre em frente, sem se distrair e sem olhar para os lados, porém se é interrompido agride. A deambulação progride por cerca de dois dias e, o animal, pode ou não voltar para casa.
Outros sinais clínicos desta fase, como intensificação da sensibilidade a estímulos luminosos, sonoros e aéreos; paralisia que se inicia nos membros pélvicos, impossibilitando uma marcha reta, e que evolui posteriormente para outros músculos.
Ocasionalmente pode ocorrer febre, e a paralisia é aguda, progressiva e flácida, podendo ocorrer comprometimento dos nervos lombares e sacrais ocasionando constipação, tenesmo, parafimose em machos e gotejamento de urina.
A morte ocorre por paralisia da musculatura respiratória e do diafragma, e ocasionalmente pode ocorrer morte súbita do animal. Os animais podem apresentar períodos de paralisia intercalados com os de agressividade. Além disso, nos dois a três primeiros dias podem parecer estar melhores, inclusive com o desaparecimento dos sintomas e depois voltam a ficar agressivos. Geralmente não defecam durante os três ou mais dias do período patente. Pode ocorrer estrabismo convergente ou divergente, ou de um olho só.